sexta-feira, julho 24, 2009

Podia estar com os copos... ou simplesmente ser uma besta

A mim acontecem-me coisas do arco da velha. Sabe-se lá porquê, dá impressão que os asnos todos deste universo, por alguma razão cósmica, convergem para o mesmíssimo sítio onde eu me encontro. Como diria uma pessoa que eu conheço, deve ser uma questão de energia... Pá, mas eu até nem sou nada amiga dos senhores da EDP! Cá por mim podiam falecer electrocutados nos seus próprios postes e tudo... Mas isso agora também não interessa nada.

Ia eu contar-vos, no fim de semana passado, ia eu toda feliz e contente em cima dos meus saltos altos pelas agitadas ruas nocturnas do Porto, acompanhada pela minha Pulgarzinha e mais uns amigos, quando, no meio da salgalhada, há um calhordas trajado à corvo (desculpem lá meninos, mas sempre achei essa roupinha muito pouco fashion, então o sapatucho da moça, valha-me uma colmeia inteira!) que se mete à minha frente, impedindo-me a passagem que já era mais estreita que um canudo e diz com ar de quem oferece pancada: "olha que eu não gosto nada que me olhem de lado". Ora perante tal anormalidade, eu avaliei duas coisas, ou o rapaz estava com os copos, ou era simplesmente uma besta quadrada (sim linda, a gente canta já ambas as duas em conjunto e em simultâneo). Respondi, então, com cara de "WTF?! Só podes estar a gozar, cum caraças, isto só a mim e mesmo assim é obra", "mas eu olhei para ti, por acaso?"... Retribuiu o deadly look e assentiu qual Clint Eastwood, enquanto me desbloqueava a passagem...

Dito isto, devo informar que:

1. Podia ter o hábito de olhar de lado para as pessoas, em jeito de desafio, até porque pratico musculação e adoro exibir os meus atributos físicos em grandes aglomerados de gente numa boa luta de testosterona, mas não. Prefiro arranjar as unhas.

2. Podia ter mau gosto e olhar para gajos com ar de palhaços, ainda por cima ainda a cheirar ao leite da mãe, em vez de me fugir o olhito para os jeitosos com ar de homens e vestidos com coisas menos ridículas do que capas pretas, mas também não. Prefiro gastar o rímel em boas causas.

Não cansem a minha beleza... E já agora, aos asnos que por aí andam, por favor, não me sigam que eu não sou uma telenovela, tá?

Meus amigos, foi o que foi.

4 comentários:

Melro disse...

-Oui, c´est moi eu entendo o que sentes - Disse o Melro admirando o desenho invulgar
do Templo de Maibaileys. Por instantes a memória recuou para quando era bebe e viu as
primeiras pedras serem agrupadas em torno da sua gigantesca e complexa estrutura em favo.

Depois, com um ar sério continuou:

-Já vivi situações semelhantes a tua ( apesar de sermos um bocadinho diferente e coisos..). E sabes, aprendi
que não vale a pena procurar explicar o inexplicável. O importante é seguir em frente.

E continuou:

-Qualquer semelhança entre os criaturas de que falas e os tâlibas ( uii falamos muito de politica
internacional e coisicosaicoiso.. entender é que tá queto) não são coincidência. A diferença que os primeiros
cá andam mais a sua insignificante existência enquanto que os ultimos geralmente rebentam-se em acção, PUMM! Ambas
realidades sem solução. Chato eu sei ..

Nisto diz:

-Anda comigo, quero mostrar-te uma coisa. - E dando um pequeno salto levantaram voo.
Voaram, voaram, voaram.. subiram, subiram, subiram..até que o Melro disse:

-Vês as pessoas lá em baixo, os carros , tudo o que se passa e a azafama que é? É o agora, o Presente.
É no Presente que tudo acontece, nem é passado nem no futuro. Esqueçe o que aconteceu e nem penses muito
se há-de voltar a acontecer.

E para reforçar a ideia continuou:

-Foca-te no presente, no agora e em tudo o que existe de bom. O resto "it´s a waste of time".. (xix falamos inglês, show de bola.. ;)

-E sabes o que a experiência me diz? Entre coisas como o conbíbio e comer bem ( mmm.. mmm.. mmm..)
o fundamental é cantar muito ,abanar o capacete e berrar a Vulsio ( amigo de Maibaileys e Deus dos que até podiam ter voz e cantar benzito Manão - deste Deus falo outro dia).

-Voltemos pá colmeia, falar em comida deu fome. Agora dava tudo por uma centupeia deliciosa com massa!! Mmmm...!!

E o Melro e a Oui, c´est moi voaram de volta ..

oui, c'est moi! disse...

Ó amigo Melro, isso quase que podia ser um post inspirado numa Fábula do La Fontaine, não fosse um comentário...

Digo mais, podia, ainda, ser aproveitado para a rúbrica "vale a pena pensar nisto" do Oceano Pacífico... Fiquei mmmmmaravilhada. Até me sinto outra! Eu por acaso sou uma pessoa agarrada ao passado, quem me conhece sabe-o bem, é a isso e à bebida, é um problema... Mas agora que te li, acho que vou concentrar-me no Presente (mas só se o laçarote for bonito, tá?), é capaz é de ser mais complicado escrever posts em tempo real, ainda que nada que para nós, abelhas desta colmeia, não possa ser feito!

Beijos e bons voos :)

Brain disse...

EH PAH!

OH minha menina "Oui, c'est moi":

Em primeiro lugar, penso que a menina deveria fazer um esforço sério, no sentido de tentar compreender, que nem todas as pessoas têm a mesma capacidade intelectomental para cumpriendêr a semântica do seu discurso olharistico!

É que o bicho em questão, (o tal. o corvo) tem o cérebro do tamanho de uma ervilha mirrada pós congelação e como tal, não distingue muito bem os vultos e então faz sempre confusão, quando se sente observado (o que, vá-se lá saber porquê, acontece com elevada frequência) e em vez de olhar em frente, olha sempre para o lado, deduzindo - no auge da sua actividade mental de pirilampo em pleno acto de auto elevação - que quem o olha, está portanto, ao seu lado.
E como já diz o meu (santo) sogro [DAAAA-SE] "Quem olha de lado são os bois!". Assim sendo, é normal que ele não goste que o olhem de lado e de preferência que não o olhem sequer, pois como ele (o tal. o corvo) sempre diz à menina que o acompanhava, quando parados em frente aquela montra fabulosa do talho lá do bairro, onde o dono ostenta orgulhosamente uma cabeça de um touro, com um belíssimo par de ornamentos de refinado gabarito:
"Quando estiveres ao meu lado, não quero que olhes para outro!", ele tem como pilar fundamental de vida (conforme facilmente nos podemos aperceber com um simples olhar e na duração de um simples piscar de olhos, não vá ele sentir-se importunado) dar o exemplo!

Por isso já sabes: da próxima vez que andes por locais com tão elevado tráfego de corpos, "faz atenção" e também "faz cuidado", pois andem por aí uns seres muito "emerdantes" que não gostam - repito: NÃO GOSTAM - que os olhem.

E aqui entre nós, que ninguém nos ouve:
Tu também... tens de cuidar desses teus olhitos! Olha que a continuares a obrigá-los a verem determinado tipo de coisas, um dia destes, eles ainda... sei lá... se diarreiam todos!
E depois é que eu quero ver!

Pois... nunca te esqueças...
Que é preciso!
BÊR!

Um Beijo Meu.
De lado.
Na bochecha.
Do lado.
Direito.
E já agora,
No esquerdo também.
Mas só um!
Beijo.
Para as duas.
As bochechas.

oui, c'est moi! disse...

Brain, agora que me contaste todo o contexto de desenvolvimento psico-social, com ênfase no "psico(pata)" do dito Corvo, vou seguir o teu conselho e "fazer cuidado", não vá cruzar com ele outra vez. Beijos :)