segunda-feira, dezembro 28, 2009

Podia ter jeito para estas coisas

Ora, chegada esta altura do ano (leia-se fim), impõe-se a necessidade de tomar as ditas "resoluções de Ano Novo". Eu acho bem. Uma pessoa passa o ano todo sem pensar em nada que se aproveite, e depois chega ao fim e lembra-se que tem que tomar umas decisões importantes e que é now or never. Não pode ser amanhã, tem que ser hoje. Também podia ter sido ontem, mas não funcionava. Tem que ser hoje. Prontos atão, o que tem que ser tem muita força. Então vamos lá ver...

A minha lista de resoluções de Ano Novo:

1. Comer mais chocolates, diz que faz bem ao cérebro, ao coração e adia a possibilidade emergente de depressão.

2. Comer mais chocolates, diz que ajuda a esquecer os males de amor e os amores pelo mal.

3. Comer mais chocolates, diz que acalma o stress e previne o esgotamento nervoso entre outros desequilíbrios do domínio da ansiedade.

4. Comer mais chocolates, diz que agora há uns com coiso. Devem ser bons.

5. É capaz de ser boa ideia fazer mais exercício, com tanto chocolate... Ainda que alguns bombons estejam tão bem embrulhados, que uma pessoa quase tem que fazer o pino para os abrir!



Meus amigos, foi o que foi.

quinta-feira, dezembro 17, 2009

É Natal! É Natal! Podíamos ir a Belém!... Comer pastéis!

O que é que se pode dizer neste excelentíssimo blog, em época natalícia? Ora vejamos... Já sei! Vou falar do Pai Natal. Já repararam que a figura do Pai Natal tem vindo a sofrer alterações drásticas e, diria eu, nada positivas para a sua antes digna reputação? É verdade. Quando eu era criança, o Pai Natal era só um e nunca era visto, a não ser pelas crianças de imaginação mais fértil, nas noites de Natal. Hoje em dia, há um Pai Natal em cada esquina da rua ou em cada centro comercial... É que nem um miúdo de 3 anos acredita nisto. Podia acreditar, caso ainda tomasse sopas de cavalo cansado ao pequeno-almoço, caso contrário, julgo que não. Eu sinceramente tenho muita pena, as crianças podiam ter um Natal muito mais bonito se lhes permitissem sonhar e acreditar até mais tarde, mas infelizmente valores mais altos se impõem na nossa sociedade consumista.

Depois, como se não bastasse, os bonecos que vemos do Pai Natal, tomam todo o tipo de posturas, cada uma mais ridícula que a outra. Numa montra, damos de caras com um Pai Natal dançante, qual bailarina de hula-hula, só lhe faltam as flores na cabeça. Pode ser que se lembrem de as pendurar nas renas, um dia estes. Na outra, o Pai Natal anda de patins em linha, todo contente e ligeirinho. A seguir, encontramo-lo pendurado num paraquedas, pronto a fazer desporto na sua vertente mais radical... Mas afinal, está tudo maluquinho? Ó pessoal, o Pai Natal é um velhinho gordinho e fofo, com as bochechas vermelhas e barbas muito branquinhas, e só consegue cruzar os céus numa noite de Natal, graças a um trenó mágico puxado por renas! Deixem-se de tretas pá! Podiam antes ir chatear a Branca de Neve, não?!

Feliz Natal a todos.


Meus amigos, foi o que foi.

sábado, dezembro 05, 2009

O que eu podia não ter que dizer

Queridas abelhas desta colmeia, eu sei o que vos tem atormentado as almas nos últimos tempos. Podia não saber, mas sei. Estão com saudades. As saudades são uma coisa lixada, eu sei bem do que falo. Podiam não ser, mas as tipas são piores que as sanguessugas, chupam-nos até ao tutano, salvo seja, louvado seja o "Sinhor", com sabonete! E antes que essa tragédia aconteça convosco, eu resolvi escrever este post. O post de que vocês tinham saudades. O post com bolinha! Há oláaaaaaaa fesquiiiiinho, há frutóooooo chiclate! Ooooolha booooola de Berlim! É verdade, aqui está ele. E a bola de hoje tem muito creme ou pouco creme, perguntais vós, e eu respondo, tanto, que é melhor terem um guardanapinho à mão (guardanapo, para o pessoal que não descodifica os meus "inhos"), pelo sim, pelo não.

Quero falar de gajos. Pois claro que quero falar de gajos. Aliás, há coisa mais interessante do que falar de gajos? Ok, há. A Pulgarzinha tá com a gripe Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa e acho que isso até podia ser um assunto mais interessante, dado que ela está de quarentena, tipo filme de terror, em casa e de máscara, a respirar tipo Darth Vader. Também dava um bom post com bolinha. Mas como eu sei que ela não ia achar piada nenhuma à brincadeira, que ela é uma rapariga séria, de tão séria até nem aqui escreve nem nada, não vá descair-se e dizer uma ou outra piada e estragar logo a reputação de tantos anos, não vou falar sobre isso. A minha boca é um túmulo. Shhhiu. É sobre gajos, mesmo. Estava eu a ouvir uma conversa de gajos no outro dia, e dizia um para o outro:

Um - Ó meu mariconço, tu nunca mais disseste nada!
Outro - Olha-me este cab*ão... então não foste tu que ficaste de ligar para irmos lá com o Zé?
Um - Ó meu filho da p***, eu se não te conhecesse dava-te um ensaio de porrada, tu andas a brincar com esta merda (merda, como todos os que me conhecem sabem, não é palavrão, por isso não tem direito a asteriscos, tá?)...
Outro - Eh pá, combinamos já isso, que assim não falha mais!
Um - Então é já hoje à noite, ou vais armar-te em paneleiro e dizer que não podes?
Outro - Cala-te lá pá, tá combinado, hoje às nove em casa do Zé, esse gajo também é um cab*ão do caraças, já não estou com ele há que tempos.
Um - (entre risos) É hoje pá, é hoje!

E afastam-se um do outro, a rir.

Ora, eu pergunto, mas porque raio é que os gajos, quanto mais gostam uns dos outros, pior se tratam? Para o que lhes havia de dar... Podiam ser simplesmente normais, mas não. É para maltratar mesmo. "Deslarga-me poooorco"! Olha nós, gajas, a falar assim umas coisas as outras, havia de ser bonito:

Uma - Então minha fufa, que fazes hoje?
Outra - Olha, sou capaz de sair com a outra cabra da Vera, se o namorado dela lhe der folga.
Um - Ah, acho lindamente, suas vacas, depois passem por cá por casa que eu faço pipocas!



Meus amigos, foi o que foi.

quarta-feira, dezembro 02, 2009

Só pode ser obra do Malamén!

No outro dia fui a um bar-discoteca com um grupo de amigos (os mai lindos que praí andam, note-se, são mesmo os meus), e pude verificar uma série de comportamentos que podiam não ser dignos de referência, ou até mesmo análise aprofundada, mas são. Passo a explicar.

Sabem aquele fenómeno tipicamente português do "ai tanto espaço credo o melhor é ir pa cima daquele desgraçado pa ficarmos mais aconchegadinhos"?
Aquele que acontece frequentemente na praia, por exemplo. Manifesta-se da seguinte forma: o areal completamente deserto e vocês colocam a toalha, descansadinhos da silva, e os primeiros cromos que chegam põem a toalha colada à vossa. E os segundos, podiam ter um acréscimo de inteligência em relação aos primeiros, mas não, e fazem a mesmíssima coisa. Às tantas vocês querem mudar a posição da toalha, e já nem sequer têm para onde se virar sem mandar uma cabeçada ou uma patada a alguém. Pois nas discotecas acontece basicamente o mesmo.

Dançávamos nós muito sogadinhos (é giro dançar sogadinho, dá menos trabalho e tudo), a pista até estava bem arejada e tudo, quando chega um grupo de espécimens que se cola a nós. Ela, a loira oxigenada, dançava algo parecido com o ritual de pedido de acasalamento da galinha africana, o que subentende que as asas andavam sempre no ar. Eles, os podres de queques com a mania que percebiam alguma coisa de música, limitavam-se a abanar o copito, que sempre dava ideia de movimento para os menos atentos.

Entretanto, do outro lado, começava a ganhar espaço o grupo excentrico-gotico-skinhead. Dançavam num círculo amplo, deixando vazio no meio, um buraco de grandes dimensões. Ainda pensei que fossem alguma seita e que fossem escolher alguém para sacrificar lá no meio, mas não. Era só mesmo para o style. Eu sinceramente pergunto-me: mas esta gente é estúpida ou faz-se?! Não têm noção do seu espaço e do espaço do outro? É assim tão complicado? Precisam de um manual? Um powerpoint? Já sei! Um DVD com legendas!... Ou uma camisa de forças.


Meus amigos, foi o que foi.